Modificação Genética...

Transgénicos são seres vivos geneticamente modificados. Animais ou plantas que aparecem por manipulação genética, alguns deles nunca existiriam se não fosse pela substituição de genes nas cadeias de DNA. Com os avanços tecnológicos e com a descoberta da cadeia genética do ser humano será com certeza possível obter homens transgénicos. Nos dias de hoje, convivemos diariamente com transgénicos sem nos darmos conta desse facto, e sem consciência das implicações que esse facto pode ter nas nossas vidas e nas vidas.
São cada vez mais as espécies geneticamente alteradas que fazem parte dos alimentos que consumimos de forma inconsciente. Os genes são introduzidos nas plantas de forma artificial, podendo estes ter origem numa espécie completamente diferente. A criação de espécies capazes de produzir muito nas condições mais adversas, aparentemente está revestida só de vantagens não gerando qualquer tipo de polémica, ou controvérsia científica.
Parece estar aqui a solução para acabar com a fome no mundo. No entanto isso não se verifica.
A cultura das espécies transgénicas está acompanhada de grande polémica pois representa vários perigos para os indivíduos e para a natureza.
As espécies transgénicas são de difícil acesso aos produtores dos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, que por falta de meios de produção (sementes e outros). Aumentando assim o fosso entre países desenvolvidos que produzem e vendem e os países em desenvolvimento que compram e consomem.
Não são as desigualdades sociais, e as políticas económicas que motivam o debate sobre a cultura de espécies transgénicas.
São os perigos que estas culturas podem representar para os indivíduos, que consomem produtos delas resultantes e as implicações que podem resultar da sua cultura para o equilíbrio dos ecossistemas da terra.
A incerteza é o principal perigo. Como qualquer inovação científica, os riscos não são visíveis no imediato e existem muitas incertezas e desconhecimento dos efeitos a curto, médio e longo prazo. Muitas vezes as consequências são graves e ultrapassam a capacidade de controlo da comunidade científica. Outros embora conhecidos não são suficientemente valorizados em prol dos ganhos económicos.
Os principais riscos dos alimentos transgénicos são:
Não controlo exacto dos efeitos da modificação genética, e a sua estabilidade ou instabilidade.
Riscos ambientais por transmissão da característica introduzida a outras espécies (seres vivos com características de resistência que se tornem difíceis de eliminar, ex. ervas daninhas, vírus).
As culturas transgénicas podem competir com culturas originais eliminando estas criando desequilíbrio no ecossistema, que pode resultar em danos irreversíveis para o ambiente.
A saúde pode estar comprometida por haver risco de serem passadas ao homem resistências aos antibióticos introduzidas nas plantas ou outras espécies, ou que provoquem alergias sem que o homem tenha conhecimento de que está a consumir produtos que já sofreram alterações genéticas.
Os fabricantes dizem ser a solução para muitos problemas alegando que os riscos são mínimos, e que estão todos controlados, bastando respeitar algumas regras. Os ambientalistas dizem serem grandes os riscos, e face ao desconhecido o seu uso deveria ser proibido.
Terá vantagens e desvantagens. Julgo que deveria haver garantias de informação. Os alimentos deveriam conter a informação se são, ou não, modificados geneticamente. Assim, cada indivíduo pode optar se consome ou não o produto em questão.